02/06/2025 - 6:00
Com a estreia da GAC (se fala “gê-á-cê”) no mercado brasileiro, o que mais chamou a atenção foram as tais portas asa de gaivota do SUV coupé grande Hyptec HT, totalmente elétrico. Na realidade, Hyptec é uma submarca do Grupo GAC, mas, aqui no Brasil, acabou virando nome do seu modelo mais caro: R$ 299.990.
Mas esse preço acima é da versão com portas traseiras convencionais, que se abrem para frente, como em qualquer automóvel comum. E as asa-de-gaivota? Pois bem…elas só estão presentes na versão mais cara, Ultra. E ela custa R$ 50 mil a mais.
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Quanto custa a porta asa-de-gaivota do Hyptec HT?
Por R$ 349.990, você leva o mesmíssimo carro, com bateria, motor de tração, mecânica e nível de acabamento iguais aos da versão Elite, mas com portas traseiras que se erguem eletricamente, de forma automática, após o clique em um botão. Até mesmo as listas de equipamentos das duas são bem parecidas: com as portas traseiras diferentonas, que se abrem para cima, ele deixa de ter a persiana do teto-solar panorâmico, trocando-a por um vidro especial com proteções UV.
E…só! As duas compartilham todos os outros equipamentos e recursos: sensores de chuva e crepuscular, farol alto com comutação automática, maçanetas retráteis, tampa do porta-malas com abertura e fechamento elétricos, teto-solar panorâmico, apoio para os pés do ageiro traseiro direito, ar-condicionado digital automático dual zone, opção de fragrância para o ar-condicionado, bancos dianteiros com ajustes elétricos e memórias de posição, massagem/aquecimento/ventilação dos bancos dianteiros, internet 4G a bordo, multimídia de 14,6” e GPS nativo, além de um amplo pacote ADAS, repleto de assistentes inteligentes de condução.
Ou seja: as tais portas traseiras no estilo “asa de gaivota” custam R$ 50 mil a parte. Há pontos positivos e negativos com relação a esse esquema de abertura, popularizado graças ao clássico esportivo do final dos anos 50, o Mercedes-Benz 300 SL “Gullwing”. Como vantagens, elas precisam de menos espaço lateral para serem abertas, mas, em compensação, o teto da garagem ou espaço que o carro estiver precisa ser mais alto.
Outros modelos com portas asa de gaivota
Normalmente, esse estilo de portas é comum em modelos esportivos: além do 300 SL Gullwing, outro famoso com as “asas de gaivota” é o Mercedes SLS AMG. Ambos são baixos e esguios, então, mesmo com as portas erguidas, não chegam a atingir uma altura…digamos…preocupante para garagens ou locais fechados.
Altura do Hyptec HT com as portas abertas
No caso do GAC, e de outros SUVs nesse formato, como o Tesla Model X (exatamente nos mesmos moldes do Hyptec HT, tanto que parece ter sido fonte de inspiração aos chineses), suas carrocerias já são naturalmente mais altas. No caso do SUV chinês, falamos de 1,70 m com as portas fechadas, ou cerca de 60 cm a mais com elas abertas para cima.
Dessa forma, ele fica com aproximadamente 2,30 m de altura, segundo a GAC de Singapura. Para se ter uma ideia, é o mesmo que mede um Renault Master furgão na configuração L1H1 (exatos 2,30 m de altura, também). Como ponto positivo, precisam de apenas 34 cm de espaço lateral para serem abertas, bem menos do que qualquer SUV com portas convencionais, de abertura para os lados.
Não compre se…
Se o objetivo é usar o Hyptec HT em garagens de subsolo, ou estacionamentos de teto baixo, as portas que se abrem para cima podem ser um problemão! Dependendo do espaço, pode rolar acidente de as portas traseiras enroscarem em pilastras, encanamentos, lâmpadas de teto e afins.
Compre se…
Se o seu problema é espaço lateral, como vagas apertadas, garagens estreitas e afins, o tal opcional de R$ 50 mil pode ser bem útil, caso não haja limite de altura. Assim, com as portas abrindo para cima, o embarque e desembarque ocupa bem menos espaço lateral. Além disso, evita as típicas “portadas” em paredes, colunas, ou em outros carros parados ao lado.
As “asa de gaivota” também podem ser um bom método de impressionar o vizinho, claro, já que esse é o primeiro SUV oficialmente a venda no Brasil com tal configuração, que mais parece coisa de ficção científica. Porém, o lado prático parece falar mais alto. E aí, acha que vale?
