04/05/2025 - 12:00
Localizado entre o powertrain e a lataria do veículo, o coxim é uma peça responsável por fixar motor e câmbio à lataria da carroceria. Além disso, também evita que a vibração e os movimentos ocasionados pelo funcionamento do trem-de-força em para dentro da cabine. No cofre do propulsor, é facilmente enxergado: há dois, um de cada lado, normalmente próximos às caixas de rodas dianteiras.
São dois tipos de coxim: o tradicional, que tem uma parte feita de metal (alumínio, aço ou outra chapa), junto de uma liga de borracha; enquanto o hidráulico adiciona na sua composição algumas câmaras hidráulicas internas, “recheadas” com fluído próprio. O segundo tipo tornou-se mais popular, já que absorve as trepidações com maior competência, inclusive aquelas de baixa frequência.
Não só no motor e câmbio está o coxim: a peça também pode aparecer em outras partes mecânicas do veículo que possam se movimentar, como suspensões, escapamento e até barra de direção, dependendo do projeto.
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Como evitar maior desgaste do coxim?
Por estancar as grandes movimentações do powertrain de um veículo, eles acabam se deteriorando justamente quando motor, câmbio, escapamento e afins “chacoalham” mais. Por isso, para preservar um coxim, o indicado é arrancar sempre de forma suave, evitar acelerações bruscas, ar devagar por lombadas ou valetas, reduzir a velocidade em terrenos irregulares e evitar trafegar acima da velocidade permitida na via. Quanto menos trancos e balanços na motorização, mais um coxim tende a durar.
Como saber quando há problemas no coxim?
É comum que, com o tempo, após muito absorver movimentos de componentes mecânicos, um coxim chegue ao final da sua vida útil. Antes disso, tendem a apresentar vazamentos, fadigas, trincas e, nos piores casos, até quebras. Os ocupantes do veículo começam a sentir mais os movimentos e vibrações de operação de motor, câmbio, escapamento e outras partes. Ou seja, o automóvel com coxim danificado pode trepidar, chacoalhar e produzir mais ruídos.
No caso de problemas na coxinização do câmbio, também pode haver movimentação excessiva e involuntária na alavanca (na realidade, a caixa de transmissão se mexe mais, e transfere isso para a alavanca). Também pode haver maior dificuldade na hora de engatar as marchas, pelo mesmo motivo.
Essa movimentação excessiva do powertrain pelo desgaste dos coxins ainda pode danificar outras peças, como os periféricos do motor (bombas de água e óleo, alternador, centrais eletrônicas e bateria, por exemplo). Nem é preciso falar que, com isso, o custo de manutenção pode subir consideravelmente.
Quanto dura um coxim?
Não é fácil ditar o prazo de validade de um coxim. Tudo depende do estilo de uso do veículo, dos cuidados do motorista, dos pisos que ele trafega, entre outras variáveis. Mas a troca do componente deve ser feita por um profissional especializado. Motor, câmbio, barra de direção e escapamento devem ser removidos para a troca dos seus respectivos coxins. Ou seja: dá trabalho.
E, nem é preciso falar: na hora de trocar um coxim, dê preferência para marcas de confiança, aquelas mais tradicionais do mercado. Peças paralelas, apesar de apelarem para um preço (bem) mais baixo, podem logo dar dor de cabeça ou durarem bem menos que o esperado.
